quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Cenas da barca (I): a ilha perdida

É realmente uma experiência única navegar pela baía de Guanabara em tempos de chuva, como nos Cem Anos de Solidão: a chuva que não acaba nunca mais. Tudo branco no entorno, não se vê nem uma montanha, nem a ponte, nada. Navega-se no branco da neblina. Sinto-me em busca de uma ilha perdida, a ilha de São Sebastião! Será que a encontraremos? O futuro teima na incerteza e o que nos resta é essa brancura infinita! Quero de volta o sol, o calor, o verão, o canto das cigarras, as gaivotas que seguem a barca e tudo o mais que povoa nossos janeiros. Como será que interrompemos a brancura infinita? Onde está a ilha de São Sebastião?

Nenhum comentário:

Postar um comentário