sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Kosmic blues e vida longa aos mestres!

17 de outubro de 2015.

Hoje finda uma semana marcada pelo dia 15 de outubro, dia do professor. Foi uma semana de muito trabalho, mais do que imaginei que pudesse dar conta, muito mais. Um evento me tomou pelo menos dois dias inteiros de muita intensidade. No meio disso tudo, o 15 de outubro e tantas mensagens de carinho de alunos e ex-alunos. No auge do trabalho sem trégua encontro um mestre, professor Ronald Arendt, com quem partilho tantas publicações, achados de pesquisa, textos, ideias, orientador do pos-doc, um amigo. No meio do congresso, no dia do mestre, o professor me fala sobre um documentário que assistiu no Festival do Rio. Era um documentário sobre Janis Joplin, ele me disse. E seguiu a me falar sobre os anos 70, anos que ele mesmo viveu no auge da juventude. No curso dos últimos anos, sigo muitas das orientações do Ronald: da leitura dos textos acadêmicos aos filmes, receitas de comidinhas, músicas, peças de teatro, exposições. Pois fiquei com Janis Joplin. E hoje, sexta-feira, eis que Janis Joplin, cantando Kosmic Blues, explodiu aqui em casa numa caixinha de som roliça que funciona via blutufi. O som que sai daquela caixinha parece uma mágica! Pequena, ela produz um som que invade o corpo e a alma. A casa inteira era Janis Joplin em volume máximo, acrescido, é claro, pelo meu backing vocal! Essa música me encanta pelo que faz passar do teclado ao metal, do sussurro ao grito, do silêncio à explosão, da quietude ao escândalo, do sereno ao intenso. Dionísio invadiu a noite de sexta-feira na semana do dia do professor! Pois é assim, no conjunto das passagens e das travessias, que agradeço por todas as mensagens que recebi no dia do professor. Sem os alunos não teria vivido nenhuma dessas passagens. É assim que agradeço aos mestres que tive. Sem esses mestres não teria aprendido a desfrutar as travessias. Porque no final das contas aprender (e ensinar) não é senão isso, uma travessia entre o saber e o não saber, entre as certezas e as incertezas, entre um mundo dado e outro incerto, entre a terra firme e o abismo, entre a angústia e a alegria! É uma vida que pulsa! Janis Joplin: na caixa de som, bem alto, oh baby! Dionísio e as travessias! Vida longa aos mestres! Não são fortíssimas as travessias que essa música nos faz viver? Só os mestres nos fazem experimentar essas travessias! Só os mestres! Janis Joplin: presente! Vida longa ao professor Ronald! Vida longa!!!

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